Inflação à vista!

 


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma alta expressiva de 1,23% em fevereiro de 2025, representando um aumento de 1,12 ponto percentual em relação a janeiro, quando a prévia da inflação foi de 0,11%. Com esse resultado, o IPCA-15 acumula uma alta de 1,34% no ano e de 4,96% nos últimos 12 meses, superando os 4,50% observados no período anterior.

A última vez que a prévia da inflação apresentou um percentual semelhante foi em fevereiro de 2024, quando o índice ficou em 0,78%. Esse aumento significativo pode pressionar o Banco Central a revisar sua política monetária e impactar diretamente o mercado financeiro, incluindo a cotação do dólar.

Diferença entre IPCA e IPCA-15


Embora o IPCA-15 sirva como um indicador antecipado da inflação, ele não deve ser confundido com o IPCA, que é o índice oficial utilizado pelo governo. A principal diferença entre os dois está no período de coleta dos preços:

IPCA-15: considera os preços coletados do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês atual, funcionando como uma prévia.

IPCA: mede a variação de preços do mês completo, do dia 1º ao último dia do mês, e é o índice oficial utilizado para balizar a meta de inflação e definir políticas econômicas.

Impacto na economia e previsão do dólar


Se o IPCA oficial de fevereiro confirmar os números elevados do IPCA-15, o mercado pode reagir com um aumento na cotação do dólar, devido à possibilidade de um aperto monetário mais agressivo por parte do Banco Central. Atualmente, o dólar está sendo negociado a R$ 5,74

Caso a inflação continue acima das expectativas, economistas preveem que o dólar pode subir para a faixa de R$ 5,90 a R$ 6,10, refletindo a maior aversão ao risco e a busca por proteção cambial. Além disso, fatores como a política de juros nos Estados Unidos, o desempenho da economia chinesa e a volatilidade nos mercados emergentes podem intensificar as oscilações do câmbio no Brasil. O mercado seguirá atento à divulgação do IPCA de fevereiro, prevista para o início de março, para avaliar se a inflação permanecerá pressionada ou se dará sinais de desaceleração.

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